Entre julho e agosto do ano passado, descobri que estava grávida. Este post contará um pouco como é a rotina em um Joriwon (ou centro pós-parto) na Coreia. Mas antes de qualquer coisa, é preciso lembrar que moro no interior e que meu parto foi durante a pandemia de Covid-19.
Fiz todo o meu pré-natal em um dos melhores hospitais de saúde da mulher de Jeollabuk-do, o hospital inteiro é focado apenas em saúde da mulher, possuindo também uma pequena clínica de pediatria, com 2 pediatras, no térreo.
Esse hospital tem vários andares, e em um deles fica o Joriwon, que pode ser traduzido como centro pós-parto. É preciso dizer que nem todo hospital tem um joriwon junto, alguns joriwons funcionam de forma independente, então a nova mamãe e o bebê recebem alta do hospital e vão para o joriwon.
Como o meu hospital possui o joriwon no mesmo prédio, tive apenas que subir de andar, a equipe do hospital levou meu filho, e eu e meu esposo levamos nossas coisas e fomos. Antes de falar mais sobre o joriwon, quero mostrar um pouco como era o quarto onde fiquei até levar alta.
Quando fizemos a transferência, não pude ir imediatamente porque precisavam limpar o quarto, então fiz uma refeição do joriwon ainda no hospital. Podem observar a diferença:
O quarto do joriwon não era tão maior em espaço, a diferença mesmo era que o banheiro era maior, e também a cama de casal. Só que não era um colchão confortável como a cama do hospital, era cama de pedra aquecida! Algo popular especialmente entre os mais velhos na Coreia.
A história é que os coreanos tem uma fixação muito grande em manter uma nova mamãe o recém nascido extremamente aquecidos. As enfermeiras reclamavam de quem estava sem meia! E a roupa do hospital era um horror de quente.
A comida do joriwon em muito parecia com a do hospital, porém, com um upgrade :) mas nem todo dia era muito bom. Esqueci de passar as fotos para o pc, então fiquem apenas com uma delas, a do dia em que ganhei Bibimbap (também sem pimenta):
Passei 10 dias no joriwon, quando voltei para casa, minha sogra ficou alguns dias conosco para auxiliar.
Obviamente não é obrigatório ir para o joriwon, muitas mães não aguentam ficar longe dos bebês recém-nascidos. Para mim, foi uma experiência muito boa. Pude me recuperar quase que completamente de um parto muito difícil e cheguei em casa com condições plenas de cuidar do meu filho. Deve ter sido muito pior para o meu marido, que só podia vê-lo pela janela do berçário, novamente, devido à pandemia.
Outras coisas foram cortadas do joriwon por causa do corona, como aulas e momentos para os pais.
No joriwon eu quase não troquei fraldas, e não precisei dar banhos, então esse foi o maior choque de realidade na volta para casa :) Hoyun não gosta de expor nosso filho, então vou postar só uma foto dele, na janela do berçário do joriwon (as enfermeiras traziam ele pra perto para vermos)
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